Esta obra investiga o discurso publicitário brasileiro em um período histórico determinado (2004-2014), questionando-o sobre as tentativas de aproximação com os emergentes da nova classe média brasileira, grupo social interessante à indústria publicitária, uma vez que é formado por um público ansioso em consumir os objetos, contudo, arraigado em valores adquiridos na socialização primária e, portanto, imprevisíveis em suas reações diante das imagens de felicidade oferecidas. A problemática permite-nos estabelecer, então, três hipóteses iniciais para a instauração do diálogo e a definição de um acordo comunicacional: o ato ritualizado que tende a imitar discursos eficientes aos tradicionais componentes da classe média brasileira; a redireção que busca um efeito de novidade sem se distanciar da matriz discursiva ou quebrar estereótipos; ou, ainda, uma ruptura, caracterizada por um salto que construa referências emolduradas por um quadro sociocultural coerente ao novo auditório. Os recort